terça-feira, dezembro 19, 2006

Estou muito apreensiva com a alta temperatura que está fazendo no Estado do Rio, com o verão ainda para começar daqui a dois dias.

Meu quarto recebe sol na parte da tarde e o ar condicionado não dá conta e sou obrigada a ligar o ventilador. E o bolso que agüente quando chegar a conta de luz.

Estou com sinovite no joelho direito, segundo o Dr. Tito. A radiografia não acusou nada. Ardóxia é a medicação e está fazendo efeito, pois as dores diminuíram bastante com apenas uma dose. Por isso, vôlei só após sete dias de remédio. Se não passar - fisioterapia... odeio ter que ir diariamente a um lugar, por obrigação, mesmo que seja pro meu bem. Geralmente, as clínicas estão lotadas e você fica horas e horas sentada, esperando.

Como se perde tempo em consultórios médicos e clínicas... um desperdício.

quinta-feira, dezembro 14, 2006



INTERNACIONAL
CAMPEÃO DO MUNDO!!!
Domingo, 17 de dezembro de 2006.


Em homenagem ao time do Internacional, escolhi o vermelho... sensacional!!!! Foram heróis e mereceram o campeonato mundial. Parabéns aos gaúchos!

Ontem foi o dia do torneio de vôlei da escolinha Saque Certo. Apesar da dor que sentia na perna direita, consegui participar e meu time ficou em segundo lugar entre os sete que participaram. Ganhei minha 5ª medalha, em 3 anos de torneios. O time estava muito bom. Joguei com alguns alunos que não conhecia.

Decidimos comemorar o aniversário do Prof. Alexandre, que, por nascer num 31 de dezembro, nunca pôde comemorar como as outras pessoas.

Compramos um cartão pra ele, com direito à foto no envelope e arrecadamos R$ 360,00. Provavelmente ele comprará uma bicicleta.


Ficou muito legal.. todos gostaram.

quarta-feira, dezembro 13, 2006



ECTOPLASMAS

Acho um tema fascinante. E, sempre que alguém me conta uma experiência própria, fico bastante impressionada. Só que acho que tudo tem uma explicação, que passa por Deus, naturalmente.

Agora mesmo, no canal 7, no programa PRA VALER, tem uma médium que dá orientação a pessoas que contatam a emissora. Elas estavam com uma foto, em que além da modelo da foto, aparece um espírito de uma moça que, segundo a médium, seria uma moça, de Osasco, de 17 anos, que havia morrido há uns 20 anos, num acidente de trânsito em que também morreram o pai e uma irmã mais nova. A apresentadora disse que já deletou a foto várias vezes, mas a foto não sai do computador. Será?

Rayme, a acompanhante de meu filho, é uma pessoa muito sensitiva e tem me contado experiências impressionantes: já viu pessoas, prevê, por sonhos, acontecimentos futuros, etc.

Eu gostaria de ter essa sensibilidade espiritual.

Comigo, a única coisa que acontece é que ao conhecer pessoas novas, algumas não me são simpáticas. Não consigo explicar o porquê, mas não 'descem pela minha garganta'. Eu até tento me aproximar da pessoa, mas percebo que ela não cruzou comigo. É impressionante... Eu conheço a pessoa, não a acho muito simpática e, em breve, essa pessoa vai me decepcionar, de alguma maneira. É impressionante.

terça-feira, dezembro 12, 2006



Estamos a 13 dias do Natal. E acontece esse assassinato terrível, pavoroso, de um casal e filho, mortos queimados dentro de um carro, em Bragança Paulista, que me deixa muito deprimida. Fico me perguntando, o que faz uma pessoa querer matar outra, por meios tão dolorosos? E os mortos... quanta aflição, quanto sofrimento físico.

É nessas horas que vem à tona o tema da pena de morte. Aparecem aqueles dizendo: "tem que matar", que "as organizações de direitos humanos, nessas horas, não fazem nada", etc. Sinceramente, não acredito que esse tipo de punição vai impedir alguém de praticar algum mal.


segunda-feira, dezembro 11, 2006


Não gosto de filmes brasileiros, pois a maioria só tem sexo, sexo, sexo. Em raras exceções vejo algum. "Zuzu Angel" foi uma delas. E valeu a pena. Muito bom o filme.

Relembrei do ano de 1968, quando estudava na Fundação Getúlio Vargas, na Escola Técnica de Comércio e fazia o curso técnico de secretariado. Ed. Darke de Matos, na Rua 13 de Maio, em pleno centro do Rio. Eram tempos de ditadura, de manifestações estudantis. Logo ao descer do ônibus vi que os ânimos estavam agitados. Dirigi-me direto pra Fundação. Da janela, assisti os manifestantes jogando bolas de gude no asfalto da avenida, para que os cavalos com os policiais escorregassem.

Lembro de haver descido, ou foi na hora em que chegava, não sei ao certo. Jogaram uma bomba de gás lacrimogênio no interior do saguão do edifício e senti a ardência que tais bombas provocam. Parece que o corpo está pegando fogo. Terrível.

Naquela época eu não era tão politizada e esclarecida como agora. Namorava um rapaz maravilhoso, que era filho de um delegado do DOPS. Não imaginava o que aquilo poderia significar, pois, para mim, ele era um advogado, filho único de uma professora de matemática e de um delegado de polícia.

Lembro-me de estarmos todos sentados à mesa e algum assunto relacionado à situação do momento veio à tona. Mas fui desestimulada a tocar naquele assunto, naquela casa. Ali não se falava sobre isso.

O pai do rapaz sempre foi muito legal para comigo. Era muito sério, mas simpático para com a namorada do filho. Contudo, não gostaria de ser sua prisioneira.

Ontem, morreu o ditador chileno Augusto Pinochet. Já morreu tarde e morreu sem sofrer o que merecia. Espero que o inferno o receba de portas abertas.

Houve época em que namorei um rapaz chileno (Patrício?), que estava morando no Brasil. Era engenheiro de alimentos. Não era um rapaz bonito e usava calças que chamavam a atenção, porque pescavam siri, podendo ser mais compridas. Lembro-me que ele era favorável a Salvador Allende. Por isso, eu acho que ele era um tipo de fugitivo político.

Foi através dele e da mãe dele que eu comi e me deliciei com as famosas empanadas chilenas. A mãe veio visitá-lo e trouxe algumas. São feitas com azeitonas grandes e bem temperadas. Gostei muito.

Queria viver todas as minhas experiências do passado com os conhecimentos e as vivências que tenho hoje. Sinto que não aproveitei com amadurecimento, tudo que vi e vivenciei.

quinta-feira, dezembro 07, 2006





Ir a uma festa e encontrar alguém com um vestido igual é terrível. Agora, imaginem a situação da Primeira Dama dos Estados Unidos, que encontrou mais 3 mulheres, vestidas igualzinho a ela. Quem vai pagar o pato deve ser o costureiro. Não queria estar na pele dele. Não acredito que ela tenha comprado a roupa numa loja qualquer.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Gustavo tem suas manias, algumas bem engraçadas. A mais interessante, que até hoje ainda não descobrimos o porquê, é que não pode ver um guarda-chuva: ele o pega, encosta a boca no cabo de metal, como se estivesse beijando-o e vai pro seu canto. Chega ao ponto de procurar guardas-chuvas dentro de meu armário.

Quando está comendo, não se pode chegar perto, caso contrário
ele pára de comer, imediatamente. Isso me faz lembrar alguns cachorros que não gostam que a gente chegue perto quando estão comendo, ficando agressivos.

Ele não pode ver um Volkswagen. Aproxima-se e encosta o rosto no vidro. Acho que essa atração tem algo de espiritual. Porque só acontece com fuscas.

Em 1959, meu pai comprou nosso primeiro Volks. No mesmo ano, sofremos um sério acidente, com capotagem, por pouco não caindo num barranco, na Belo Horizonte-São Paulo, havendo perda total. Ninguém se feriu seriamente, mas foi por pouco. Logo depois, meu pai comprou um outro, última série do ano de 1961. Este foi até benzido em N. Senhora da Aparecida do Norte.

Após a morte de meu pai em 1964, minha mãe manteve o carro, dirigindo-o. Só permitiu que eu treinasse para o exame de direção nele somente após os 18 anos, em julho de 1968. Passei no primeiro exame.

Casei-me em 1974 e levei o fusquinha comigo. Mas ele já estava todo bichado e nos desfizemos dele antes do Cristian (filho nº 1) nascer. Assim, não haveria como o Gustavo saber de nosso carro.

terça-feira, dezembro 05, 2006



O primeiro diagnóstico do Gustavo foi para COARSE FEATURES (feições grosseiras).

Tratamento: muita estimulação motora.

Foram quatro anos de fisioterapia e terapia ocupacional, quatro vezes na semana, mais um ano com uma profissional especializada em surdos-mudos, que o ensinou a brincar. Tratado como se fosse autista (erroneamente, pois só tem características) por um ano, acabou indo para a Pestalozzi e, posteriormente, a Apae.

Como Gustavo nasceu totalmente hipotônico, seu pescocinho só endureceu com um ano e meio de estimulação. Arrastava-se pelo chão, sentado, erguendo-se aos nove anos, quando deu os primeiros passinhos.

Com nove meses, sua hérnia inguinal foi reparada com cirurgia. Resultado excelente, saindo no mesmo dia do hospital. Todavia, acho que a anestesia deu origem às convulsões - descargas elétricas nos parietais - que o acometeram por algum tempo, sendo curadas com injeções de cortisona pura, em 21 doses, uma diária. E ele ficou assim, bem rechonchudinho.




















Gustavo precisava, anualmente, de fotos 3 x 4 para a carteirinha da Apae. Era um sufoco, porque não parava quieto. Foi através dessas fotos, que o geneticista pôde fazer uma reavaliação à distância (consultório no Jardim Botânico) da evolução do menino. Novo diagnóstico: Síndrome OPITZ-C.

Opitz é o nome do médico que primeiro relatou a síndrome à comunidade médica - JOHN OPITZ. C é a inicial do sobrenome da família onde foi achada a síndrome.

A síndrome é muito rara, e casos relatados no mundo inteiro não passam muito de 100.

Gustavo foi crescendo, cada vez mais bonitinho:















Aqui ele aparece saindo da piscina, numa festa da empresa em que eu trabalhava.

Gustavo passou por muita coisa não relatada aqui. Hoje ele está um rapaz de 28 anos, feliz, saudável, com suas limitações que são respeitadas por mim e pela Rayme, que o acompanha. Leva uma vida muito regrada.

Tem memória visual e auditiva, e mostra ser inteligente. Quanto ao temperamento, é forte, mas não agressivo. Faz pirraça até não poder mais, caso não seja atendido imediatamente.

Hoje eu acredito que, dentro do seu mundo, ele é um ser humano feliz, sem preocupações.

Expectativa de vida? Imprevisível. Segundo o médico, não existe nada que abrevie a vida dele.


domingo, dezembro 03, 2006


"O choro pode durar uma noite,
mas a alegria vem pela manhã."
(Sl 29,6)

Gustavo começou a nos preocupar ainda no centro cirúrgico, exatamente após me ser apresentado: como qualquer bebê prematuro - apesar de ficar em meu útero por 9 meses - seu pulmão não funcionou como deveria e entrou em cianose, assustando os profissionais que nos assistiam. O transporte para a URPE foi feito numa ambulância própria para urgências neonatais.

Foi horrível para mim, pois tudo se repetia: bebê passando mal, angústia, dor, medo de ter que enterrar outro filho.

O Gustavo começou a mostrar que queria viver e, seis dias depois, teve alta da UTI. Chegou em casa muito magrinho, pois já havia nascido com pouco mais de 2 kilos.

Para nós, os pais, e para quem o visse, ele era o própio ET, de tão feinho. A verdade é que o tratávamos com todo o cuidado, como se fosse uma bomba, prestes a explodir. Com excesso de glóbulos vermelhos (taxa de 75%), a cada mexida dele, ficava roxinho, assustando a quem nos visitava. Para controlar esta disfunção éramos obrigados a tirar sangue da virilha dele.

E quem o segurava? Eu. O pai não agüentava.

Além disso, ele queria chorar e não conseguia emitir som; esforçava-se, cada vez mais, o que deu origem a uma hérnia inguinal bilateral.






Nesta foto, reparem que a calça plástica, tamanho P, chegava quase aos pés dele.








As visitas ao pediatra, que tinha consultório no mesmo quarteirão onde morávamos, eram semanais, pois surgia, de dias em dias, um novo problema.

Após algum tempo, o pediatra chegou à conclusão que a evolução do paciente não estava dentro dos padrões normais e nos encaminhou ao melhor geneticista do País: Dr. José Carlos Cabral de Almeida.





Relutei muito em falar sobre meu filho Gustavo, portador da Síndrome OPITZ-C, relatada pela primeira vez no mundo médico em 1969, provavelmente um dos 100 casos descritos em todo o planeta.

Relutei porque acho que para muitas pessoas poderá ser uma descrição triste e não é esta a intenção deste blog. Geralmente fugimos de tudo que nos angustia, em razão da violência urbana diária que enfrentamos. O que eu quero mostrar aqui é que, apesar dos imprevistos que o destino nos prega, Deus nos dá sempre uma chance de superação. O maior exemplo disto é meu filho estar vivo aos 28 anos, saudável, apesar de uma expectativa de vida de um ano, e de toda a sua limitação física-mental.

Gustavo sempre provocou curiosidade, seja entre adultos, seja entre crianças. Então, tentando fazer com que os pequeninos entendam o que aconteceu com ele, explico: o Gustavo é igual a um bolo feito com ingredientes estragados
(ovos, farinha, fermento), saindo do forno todo murchinho.

Costumo justificar a tranqüila e resignada aceitação de um filho deficiente, com a experiência que tive na morte de meu segundo filho, batizado Fernando, nascido com 25 semanas e vivendo somente umas 60 e poucas horas. A dor de perder um ente querido, tão pequenininho, sofrendo tanto, é imensa. Somente uma mãe, que já passou por isto, sabe do que eu falo. Então, num espaço de 6 meses após aquela fatalidade, já estava gerando o Gustavo, com muita esperança de que nada poderia ocorrer e estragar a alegria de um novo filho, viesse como viesse, mas que viesse e permanecesse vivo.

sábado, dezembro 02, 2006


Em homenagem à monografia digitada e formatada, que me tomou uma semana e me fez sentir que tenho uma bursa (segundo o Aurélio: bolsa, ou cavidade em forma de bolsa, que contém líquido viscoso, e situada em locais em que, sem a sua presença, ocorreria atrito) no braço e ela inflama, que o dedo mindinho já está com artrose (ou será artrite? - nunca sei), escolhi a fonte Times Ney Roman. Lamentavelmente, devido à incompatibilidade de um programa de OCR, utilizado para dar conta da mono em 6 dias, fui obrigada a formatar meu computador - segunda vez neste ano - o que está me dando um bocado de trabalho. Mas desta vez, consegui salvar direitinho todo o meu catálogo de endereços do Outlook Express, e importá-lo devidamente. Gosto de tudo à mão, tudo certinho.

ABRACE

É uma ONG que apareceu em minha vida, em 2005, de forma inesperada. Estava jogando vôlei e havia alguma comemoração na praia de Icaraí, com algumas barraquinhas. Uma delas era da ABRACE, onde distribuiam folhetos, tentando arregimentar voluntários em diversas áres. Como não custa nada ajudar, ofereci meus préstimos no que sei fazer: digitação. Foi bom, porque tive o prazer de conhecer pessoas simpáticas e sensacionais, que se dedicam ao próximo com o maior desprendimento. Desde então, além de corrigir alguns textos, tipo atas, cartas, etc., tenho fotografado e filmado todos os eventos.

Ontem foi um deles: a tradicional reunião de Amigo Oculto. Comprei um porta-cartões de visita da Zoot, que fez o maior sucesso. Como sei? Numa original brincadeira de se trocar o presente - escolhido aleatoriamente - com o companheiro à direita, o meu foi trocado umas quatro vezes (foram 3 rodadas). Todos queriam o porta-cartões, um lindo presente de apenas R$ 19,90... fiquei feliz, pois adoro presentear pessoas com coisas originais, que me agradam e são apreciadas.


É uma turma muito animada. Principalmente a Beth, professora (agachada), uma verdadeira peça, digna de trabalhar em "Zorra Total". Está sempre animando a galera, com tiradas sensacionais e inventando cartões de Natal originais, bem como brincadeiras para agitar os presentes nos eventos de confraternização.

A mesa estava farta de coisas deliciosas. Sou fã de maionese de ovos. Sempre quis saber como se fazia e fiquei boba de ver que é tão simples. Dane-se o colesterol e vamos de sanduíche de salada de ovo, brevemente.

Levei ovos de codorna empanados e saborosíssimos, encomendados na Pão & Cia. (ou será Pão & Etc.?).

Havia um queijo-minas delicioso. Quem trouxe disse que havia vindo direto da fazenda do supermercado Império da Banha, tradicional em Niterói.

O empadão de frango estava enfeitado com o nome da ONG.

A única coisa que não gostei é de ter sido devorada pelos mosquitos presentes no local. Devo ser um prato saboroso para eles, com certeza.

segunda-feira, novembro 27, 2006

"Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer algo só depende de nossa vontade e perseverança."

(Albert Einstein)


Cada ser humano tem uma capacidade especial, direcionada a alguma coisa. Às vezes tem, e nem sabe que tem. Uns demoram uma vida toda para descobrir que são prendados em alguma atividade.

Eu nunca gostei de serviços domésticos. Pra falar a verdade, odeiiiioooo. Nem me fale em cozinha, pia, banheiro, arrumação de casa, ferro de passar, etc.


Tenho certeza de que, por isto, não sou bem-vista por muita gente...., principalmente em nosso País. Paciência. Como disse antes, cada um tende a ser bom em alguma coisa. Nasci para trabalhar fora, em escritórios, obedecendo ordens (nem sempre, né..., pois quando acho que estou com a razão, defendo minha idéia 'até morrer', só abrindo mão dela quando não tiver mais jeito), sentada em frente a um computador, digitando, redigindo, criando. Assim, não tendo mais condições familiares de me ausentar de casa por muito tempo, e na falta de um emprego adequado, adaptei meu quarto para que me sentisse num verdadeiro escritório. Lá tenho tudo à mão, pois sou muito prática, apesar de acabar com todo o espaço vago.

Um dia resolvi fazer tapeçaria... deu certo. Mas me empolguei e me dediquei tanto a ela que acabei com um problema no ombro e tive até que parar de nadar.

domingo, novembro 26, 2006


Adoro viajar, principalmente de avião. Já houve tempo em que sonhava ser aeromoça, nem tanto pelo tipo de trabalho, mas pela oportunidade que me daria de conhecer lugares diferentes. Mas eram épocas em que a profissão não era muito bem-vista. Além disso, a tal da estatura... uma das minhas frustrações em vida - ser baixinha. Cheguei a ter 1,58m, mas agora, com o passar dos anos, já estou em 1,56m. A família de minha mãe é toda alta - 1,70m pra cima. E não é que fui geneticamente puxar à família de meu pai? Aghhhh... que raiva... sou a única baixinha entre o pai, a mãe e o irmão....

Os aviões sempre estiveram presentes em minha vida. Pelo menos, desde os anos 60, ou até antes. Acho que em 63, com 13 anos, fui SOZINHA para Brasília, onde moravam meus tios Vicente e Margarida, a bordo de um CARAVELLE, acho que era da Cruzeiro do Sul, 'o primeiro avião a jato produzido pela empresa francesa Sud Aviation, em 1955', segundo o site www.jetsite.com.br, avião moderníssimo na época. Lembro-me que entrávamos pela parte de trás do avião, cuja porta abria pra cima.

Caravelle



Dois irmãos da minha mãe eram oficiais da Aeronáutica. Um deles, tio Chico, foi o primeiro comandante da Base Aérea de Brasília. Assim, para ir a Brasília, eu tinha transporte e acomodação. Por isto, passei ótimas férias lá na Capital, quando ainda nem havia sido inaugurada.

Acabei perdendo meu pai num desastre de avião - descobri hoje que o vôo era o V701 PP-SRR. Este avião da VASP - um Viscount - bateu contra a Serra da Caledônia, em Friburgo, em 4 de setembro de 1964, uma sexta-feira, quando voava de Vitória para o Rio de Janeiro, não deixando sobreviventes. Meu pai voltava de uma fiscalização de embarque(ou desembarque?) de minério, no Porto de Vitória, a serviço da antiga Cia. Belgo-Mineira.

Conheci meu ex-marido na Escola Naval. Logo depois pediu baixa e se brevetou em aviação. Hoje ele é um piloto comercial. Fez toda sua carreira na Varig e, atualmente, está voando na Asiana Airlines, em Seul, a segunda companhia aérea da Coréia do Sul.



sexta-feira, novembro 24, 2006


Dizem que trabalho chama trabalho...

Apareceram duas monografias para serem corrigidas, uma após a outra.

Final de ano é assim mesmo...

quinta-feira, novembro 23, 2006

Os que me conhecem, criticam-me pelo fato de que sou viciada em refrigerante cola light. E não é pra menos. Segurem-se: costumo consumir 2 litros por dia - copos e copos cheios de gelo, que me acompanham no computador, diariamente. A situação chegou a tal ponto, que quando saio, costumo levar comigo uma garrafinha pequena (250 ml). A verdade é que quando não bebo refrigerante, sinto-me mal, com acidez e enjôo. Dizem que tudo é psicológico. Sei lá. Mas, se for acreditar em e-mails que rolam pela Net, demonstrando os malefícios da bebida, ao fazerem uma endoscopia, vão encontrar vários buracos negros. Mas não vivo sem eles e até já aprontei quando era pequena.

Eu tinha cerca de quatro para cinco anos e já freqüentava uma escolinha. Na hora do recreio, lembro-me que sentávamos em uma mesa comprida. Um belo dia, naturalmente, vou até o bolso da calça do meu pai e tiro uma nota de valor alto (
nos dias de hoje, uns R$ 100,00) e levo pra escolinha. Tento pagar o refrigerante com ela e a professora - deve ter achado um absurdo - comunicou aos meus pais. Claramente me vem à memória a imagem de minha mãe, vestindo-me para dormir com aqueles pijamas que se usavam antigamente, de flanela e abotoados na cintura, e ensinando-me (ou brigando mesmo) que aquilo não se fazia, como se deve proceder com uma criança quando ela está errada.

Mais crescidinha, meus lanches prediletos para acompanhar uma revistinha (provavelmente Luluzinha e Bolinha) eram uma garrafinha pequena de Coca-Cola com um suspiro grande, comprados no armazém da esquina da Rua Farme de Amoedo, em Ipanema. Que saudades daquele tempo...


quarta-feira, novembro 22, 2006

PAPAI NOEL

Adoro enfeitar minha casa para o Natal. E, por isto mesmo, me dei conta de que acabei me tornando uma colecionadora de bibelôs de Papai Noel. Esse aí é deste ano. Fotografei-o em frente a um plano preto para ver se realçava suas cores. Não gostei do resultado. Farei novas tentativas até o dia 25, tentando aprender a usar os programas próprios de edição de foto.

Acreditei em Papai Noel não sei até que idade. E acreditava piamente, até que algumas amiguinhas vieram me contar que ele não existia. Mesmo assim, eu não queria aceitar tal verdade, pois O MEU PAI HAVIA ME AFIRMADO QUE ELE EXISTIA. E meu pai nunca mentia...como podia ser? Confirmada a inexistência dele, fiquei decepcionada. Senti-me humilhada, enganada e até mesmo triste pois era muito bom acreditar em Papai Noel.

Em razão disso, eu me pergunto: será que é bom para as crianças criar toda essa fantasia a respeito do 'bom velhinho' para depois negarem tudo? Sei não.







terça-feira, novembro 21, 2006

ENFIOU O PÉ "NA JACA" OU "NO JACÁ"?...

Conforme José Alberto Vasconcellos descreveu, durante séculos foi uma atividade regular e que se constituía em comprar bestas de carga (mulas e burros) na Argentina e trazê-los para o mercado brasileiro, centrado, na época, em Sorocaba, onde eram vendidas aos almocreves, indivíduos cujo ofício era alugar ou conduzir bestas de carga.

Denominava-se almocrevaria o carregamento ou transporte de mercadorias, feito por almocreve. No lombo dessas bestas transportava-se de tudo: de minérios a alimentos. Do ouro de Minas Gerais ao café de São Paulo para embarque nos navios no porto de Santos.

Naquela época distante, contêiner eram balaios, também chamados de jacás, espécie de cesto alongado, feito de taquara ou cipó. Especificamente, para o transporte de carne, peixe, queijo, milho, banana, abóbora, rapadura e outros alimentos ou objetos, utilizava-se o jacá. Interessante registrar que o jacá (ou balaio, como queira) também era unidade de medida para o milho: tantos jacás, era medida equivalente a um carro; um carro, correspondia a tantas sacas...

Numa besta eram instalados dois jacás, um de cada lado, para equilíbrio do peso no lombo da alimária e, não raras vezes, o almocreve montava a besta e, ao fazê-lo, vez por outra, ENFIAVA O PÉ NO JACÁ, -- o que era um vexame –pois o almocreve tinha que apear para montar de novo, enquanto as pessoas riam. Deliciavam-se com o fato do almocreve TER ENFIADO O PÉ NO JACÁ.

Portanto, ENFIAR O PÉ NO JACÁ, era algo que irritava profundamente o almocreve e divertia quem assistia o contratempo, daí o costume de dizer-se ENFIOU O PÉ NO JACÁ, para denominar qualquer deslize vexatório praticado por alguém.

O transporte feito com animais acabou, o jacá saiu de cena, e o povão esqueceu-se do acento agudo que compunha a palavra jacá – cesto feito de taquara – e o objeto virou fruta: jaca! Fruto da jaqueira.



Há algum tempo que venho relutando em criar um blog, postando comentários sobre a minha vida. Pensei, primeiro, em publicar um, somente para falar sobre meu filho Gustavo (28), portador da síndrome Opitz-C. Mas, depois, cheguei à conclusão de que poderia escrever sobre nós dois, num mesmo espaço.

Assim, vamos ver no que vai dar esta minha nova experiência.

Acompanhei a evolução da informática enquanto trabalhava como secretária. Lembro-me que aprendi a digitar numa máquina de escrever na Escola Remington, que ficava na Rua Miguel Lemos, em Copacabana, acho que em 1964, quando tinha apenas 14 anos. Costumo dizer que foi a melhor herança que meu pai me deixou, pois veio a falecer em 4 de setembro daquele ano. Nessa época, morava na Rua Barão da Torre, 111, num prédio de 3 andares, de onde avistava o Morro do Cantagalo. Tempos bons aqueles, onde a violência havia, mas era bem menor do que agora.

No meu primeiro emprego, passei por momentos terríveis: "enfrentei" uma Olivetti elétrica que, a um toque mais forte, disparava igual a uma metralhadora. Como eu batia notas fiscais em várias vias, caso errasse, tinha que refazer tudo de novo. Dali fui para outra empresa onde encontrei uma IBM elétrica. Muito melhor do que a Olivetti. Feliz mesmo fiquei quando eles compraram uma IBM elétrica com esfera, com aquele cheirinho de novo.

E veio a época dos computadores. Lotus 123, Wordstar.... programas que existiam e aprendi um pouco sobre eles. O fato de já saber digitar numa máquina de escrever (modéstia à parte, muito bem, por sinal) me ajudou muito.

Nos programas atuais básicos - Word, Excel - tenho trabalhado bastante, o que me rende algum dim-dim, pouco pelo esforço físico que consome, se você levar em conta que ficar em frente, por um longo período, a uma tela de computador acaba com sua vista e suas costas. Os clientes não ajudam, pois entregam sempre os trabalhos em cima da hora e você tem que se virar e digitar tudo a tempo. Isto, sem falar nos 'hieróglifos' com que escrevem seus rascunhos. A bem da verdade, nem todos... mas tem alguns que dá vontade de você arrancar os cabelos. Aliás, sobre o assunto, também peguei muita experiência como secretária. Os chefes não têm pena de suas funcionárias e usam e abusam do direito de escrever com uma letra indecifrável.

Guardei uma ilustração que uma colega de trabalho fez sobre o fim da secretária:



Não sei se dará pra ler o conteúdo, assim, transcrevo aqui:

- pés-de-galinha, por estar sorrindo constantemente;
- cabelos espigados, por problemas nervosos;
- problemas de audição, por ficar exposta às tarefas
de atender telefones;
- visão péssima, de tanto decifrar garranchos;
- queda dos dentes em lutas, para conseguir
intervalos de almoço;
- postura ruim, de tanto curvar-se em cima da mesa;
- cicatriz de radiação, por visão prolongada de raio X;
- roupas velhas, de 25 anos de pagamento ruim;
- úlcera, por segurar a vontade de socar a cara de
alguém;
- mão perdida na máquina xerox;
- câncer nos dedos de tanto escrever, corrigir e
cortar papéis;
- tênis para correr do chefe, ou atrás dele.