quarta-feira, dezembro 06, 2006

Gustavo tem suas manias, algumas bem engraçadas. A mais interessante, que até hoje ainda não descobrimos o porquê, é que não pode ver um guarda-chuva: ele o pega, encosta a boca no cabo de metal, como se estivesse beijando-o e vai pro seu canto. Chega ao ponto de procurar guardas-chuvas dentro de meu armário.

Quando está comendo, não se pode chegar perto, caso contrário
ele pára de comer, imediatamente. Isso me faz lembrar alguns cachorros que não gostam que a gente chegue perto quando estão comendo, ficando agressivos.

Ele não pode ver um Volkswagen. Aproxima-se e encosta o rosto no vidro. Acho que essa atração tem algo de espiritual. Porque só acontece com fuscas.

Em 1959, meu pai comprou nosso primeiro Volks. No mesmo ano, sofremos um sério acidente, com capotagem, por pouco não caindo num barranco, na Belo Horizonte-São Paulo, havendo perda total. Ninguém se feriu seriamente, mas foi por pouco. Logo depois, meu pai comprou um outro, última série do ano de 1961. Este foi até benzido em N. Senhora da Aparecida do Norte.

Após a morte de meu pai em 1964, minha mãe manteve o carro, dirigindo-o. Só permitiu que eu treinasse para o exame de direção nele somente após os 18 anos, em julho de 1968. Passei no primeiro exame.

Casei-me em 1974 e levei o fusquinha comigo. Mas ele já estava todo bichado e nos desfizemos dele antes do Cristian (filho nº 1) nascer. Assim, não haveria como o Gustavo saber de nosso carro.

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