segunda-feira, novembro 27, 2006

"Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer algo só depende de nossa vontade e perseverança."

(Albert Einstein)


Cada ser humano tem uma capacidade especial, direcionada a alguma coisa. Às vezes tem, e nem sabe que tem. Uns demoram uma vida toda para descobrir que são prendados em alguma atividade.

Eu nunca gostei de serviços domésticos. Pra falar a verdade, odeiiiioooo. Nem me fale em cozinha, pia, banheiro, arrumação de casa, ferro de passar, etc.


Tenho certeza de que, por isto, não sou bem-vista por muita gente...., principalmente em nosso País. Paciência. Como disse antes, cada um tende a ser bom em alguma coisa. Nasci para trabalhar fora, em escritórios, obedecendo ordens (nem sempre, né..., pois quando acho que estou com a razão, defendo minha idéia 'até morrer', só abrindo mão dela quando não tiver mais jeito), sentada em frente a um computador, digitando, redigindo, criando. Assim, não tendo mais condições familiares de me ausentar de casa por muito tempo, e na falta de um emprego adequado, adaptei meu quarto para que me sentisse num verdadeiro escritório. Lá tenho tudo à mão, pois sou muito prática, apesar de acabar com todo o espaço vago.

Um dia resolvi fazer tapeçaria... deu certo. Mas me empolguei e me dediquei tanto a ela que acabei com um problema no ombro e tive até que parar de nadar.

domingo, novembro 26, 2006


Adoro viajar, principalmente de avião. Já houve tempo em que sonhava ser aeromoça, nem tanto pelo tipo de trabalho, mas pela oportunidade que me daria de conhecer lugares diferentes. Mas eram épocas em que a profissão não era muito bem-vista. Além disso, a tal da estatura... uma das minhas frustrações em vida - ser baixinha. Cheguei a ter 1,58m, mas agora, com o passar dos anos, já estou em 1,56m. A família de minha mãe é toda alta - 1,70m pra cima. E não é que fui geneticamente puxar à família de meu pai? Aghhhh... que raiva... sou a única baixinha entre o pai, a mãe e o irmão....

Os aviões sempre estiveram presentes em minha vida. Pelo menos, desde os anos 60, ou até antes. Acho que em 63, com 13 anos, fui SOZINHA para Brasília, onde moravam meus tios Vicente e Margarida, a bordo de um CARAVELLE, acho que era da Cruzeiro do Sul, 'o primeiro avião a jato produzido pela empresa francesa Sud Aviation, em 1955', segundo o site www.jetsite.com.br, avião moderníssimo na época. Lembro-me que entrávamos pela parte de trás do avião, cuja porta abria pra cima.

Caravelle



Dois irmãos da minha mãe eram oficiais da Aeronáutica. Um deles, tio Chico, foi o primeiro comandante da Base Aérea de Brasília. Assim, para ir a Brasília, eu tinha transporte e acomodação. Por isto, passei ótimas férias lá na Capital, quando ainda nem havia sido inaugurada.

Acabei perdendo meu pai num desastre de avião - descobri hoje que o vôo era o V701 PP-SRR. Este avião da VASP - um Viscount - bateu contra a Serra da Caledônia, em Friburgo, em 4 de setembro de 1964, uma sexta-feira, quando voava de Vitória para o Rio de Janeiro, não deixando sobreviventes. Meu pai voltava de uma fiscalização de embarque(ou desembarque?) de minério, no Porto de Vitória, a serviço da antiga Cia. Belgo-Mineira.

Conheci meu ex-marido na Escola Naval. Logo depois pediu baixa e se brevetou em aviação. Hoje ele é um piloto comercial. Fez toda sua carreira na Varig e, atualmente, está voando na Asiana Airlines, em Seul, a segunda companhia aérea da Coréia do Sul.



sexta-feira, novembro 24, 2006


Dizem que trabalho chama trabalho...

Apareceram duas monografias para serem corrigidas, uma após a outra.

Final de ano é assim mesmo...

quinta-feira, novembro 23, 2006

Os que me conhecem, criticam-me pelo fato de que sou viciada em refrigerante cola light. E não é pra menos. Segurem-se: costumo consumir 2 litros por dia - copos e copos cheios de gelo, que me acompanham no computador, diariamente. A situação chegou a tal ponto, que quando saio, costumo levar comigo uma garrafinha pequena (250 ml). A verdade é que quando não bebo refrigerante, sinto-me mal, com acidez e enjôo. Dizem que tudo é psicológico. Sei lá. Mas, se for acreditar em e-mails que rolam pela Net, demonstrando os malefícios da bebida, ao fazerem uma endoscopia, vão encontrar vários buracos negros. Mas não vivo sem eles e até já aprontei quando era pequena.

Eu tinha cerca de quatro para cinco anos e já freqüentava uma escolinha. Na hora do recreio, lembro-me que sentávamos em uma mesa comprida. Um belo dia, naturalmente, vou até o bolso da calça do meu pai e tiro uma nota de valor alto (
nos dias de hoje, uns R$ 100,00) e levo pra escolinha. Tento pagar o refrigerante com ela e a professora - deve ter achado um absurdo - comunicou aos meus pais. Claramente me vem à memória a imagem de minha mãe, vestindo-me para dormir com aqueles pijamas que se usavam antigamente, de flanela e abotoados na cintura, e ensinando-me (ou brigando mesmo) que aquilo não se fazia, como se deve proceder com uma criança quando ela está errada.

Mais crescidinha, meus lanches prediletos para acompanhar uma revistinha (provavelmente Luluzinha e Bolinha) eram uma garrafinha pequena de Coca-Cola com um suspiro grande, comprados no armazém da esquina da Rua Farme de Amoedo, em Ipanema. Que saudades daquele tempo...


quarta-feira, novembro 22, 2006

PAPAI NOEL

Adoro enfeitar minha casa para o Natal. E, por isto mesmo, me dei conta de que acabei me tornando uma colecionadora de bibelôs de Papai Noel. Esse aí é deste ano. Fotografei-o em frente a um plano preto para ver se realçava suas cores. Não gostei do resultado. Farei novas tentativas até o dia 25, tentando aprender a usar os programas próprios de edição de foto.

Acreditei em Papai Noel não sei até que idade. E acreditava piamente, até que algumas amiguinhas vieram me contar que ele não existia. Mesmo assim, eu não queria aceitar tal verdade, pois O MEU PAI HAVIA ME AFIRMADO QUE ELE EXISTIA. E meu pai nunca mentia...como podia ser? Confirmada a inexistência dele, fiquei decepcionada. Senti-me humilhada, enganada e até mesmo triste pois era muito bom acreditar em Papai Noel.

Em razão disso, eu me pergunto: será que é bom para as crianças criar toda essa fantasia a respeito do 'bom velhinho' para depois negarem tudo? Sei não.







terça-feira, novembro 21, 2006

ENFIOU O PÉ "NA JACA" OU "NO JACÁ"?...

Conforme José Alberto Vasconcellos descreveu, durante séculos foi uma atividade regular e que se constituía em comprar bestas de carga (mulas e burros) na Argentina e trazê-los para o mercado brasileiro, centrado, na época, em Sorocaba, onde eram vendidas aos almocreves, indivíduos cujo ofício era alugar ou conduzir bestas de carga.

Denominava-se almocrevaria o carregamento ou transporte de mercadorias, feito por almocreve. No lombo dessas bestas transportava-se de tudo: de minérios a alimentos. Do ouro de Minas Gerais ao café de São Paulo para embarque nos navios no porto de Santos.

Naquela época distante, contêiner eram balaios, também chamados de jacás, espécie de cesto alongado, feito de taquara ou cipó. Especificamente, para o transporte de carne, peixe, queijo, milho, banana, abóbora, rapadura e outros alimentos ou objetos, utilizava-se o jacá. Interessante registrar que o jacá (ou balaio, como queira) também era unidade de medida para o milho: tantos jacás, era medida equivalente a um carro; um carro, correspondia a tantas sacas...

Numa besta eram instalados dois jacás, um de cada lado, para equilíbrio do peso no lombo da alimária e, não raras vezes, o almocreve montava a besta e, ao fazê-lo, vez por outra, ENFIAVA O PÉ NO JACÁ, -- o que era um vexame –pois o almocreve tinha que apear para montar de novo, enquanto as pessoas riam. Deliciavam-se com o fato do almocreve TER ENFIADO O PÉ NO JACÁ.

Portanto, ENFIAR O PÉ NO JACÁ, era algo que irritava profundamente o almocreve e divertia quem assistia o contratempo, daí o costume de dizer-se ENFIOU O PÉ NO JACÁ, para denominar qualquer deslize vexatório praticado por alguém.

O transporte feito com animais acabou, o jacá saiu de cena, e o povão esqueceu-se do acento agudo que compunha a palavra jacá – cesto feito de taquara – e o objeto virou fruta: jaca! Fruto da jaqueira.



Há algum tempo que venho relutando em criar um blog, postando comentários sobre a minha vida. Pensei, primeiro, em publicar um, somente para falar sobre meu filho Gustavo (28), portador da síndrome Opitz-C. Mas, depois, cheguei à conclusão de que poderia escrever sobre nós dois, num mesmo espaço.

Assim, vamos ver no que vai dar esta minha nova experiência.

Acompanhei a evolução da informática enquanto trabalhava como secretária. Lembro-me que aprendi a digitar numa máquina de escrever na Escola Remington, que ficava na Rua Miguel Lemos, em Copacabana, acho que em 1964, quando tinha apenas 14 anos. Costumo dizer que foi a melhor herança que meu pai me deixou, pois veio a falecer em 4 de setembro daquele ano. Nessa época, morava na Rua Barão da Torre, 111, num prédio de 3 andares, de onde avistava o Morro do Cantagalo. Tempos bons aqueles, onde a violência havia, mas era bem menor do que agora.

No meu primeiro emprego, passei por momentos terríveis: "enfrentei" uma Olivetti elétrica que, a um toque mais forte, disparava igual a uma metralhadora. Como eu batia notas fiscais em várias vias, caso errasse, tinha que refazer tudo de novo. Dali fui para outra empresa onde encontrei uma IBM elétrica. Muito melhor do que a Olivetti. Feliz mesmo fiquei quando eles compraram uma IBM elétrica com esfera, com aquele cheirinho de novo.

E veio a época dos computadores. Lotus 123, Wordstar.... programas que existiam e aprendi um pouco sobre eles. O fato de já saber digitar numa máquina de escrever (modéstia à parte, muito bem, por sinal) me ajudou muito.

Nos programas atuais básicos - Word, Excel - tenho trabalhado bastante, o que me rende algum dim-dim, pouco pelo esforço físico que consome, se você levar em conta que ficar em frente, por um longo período, a uma tela de computador acaba com sua vista e suas costas. Os clientes não ajudam, pois entregam sempre os trabalhos em cima da hora e você tem que se virar e digitar tudo a tempo. Isto, sem falar nos 'hieróglifos' com que escrevem seus rascunhos. A bem da verdade, nem todos... mas tem alguns que dá vontade de você arrancar os cabelos. Aliás, sobre o assunto, também peguei muita experiência como secretária. Os chefes não têm pena de suas funcionárias e usam e abusam do direito de escrever com uma letra indecifrável.

Guardei uma ilustração que uma colega de trabalho fez sobre o fim da secretária:



Não sei se dará pra ler o conteúdo, assim, transcrevo aqui:

- pés-de-galinha, por estar sorrindo constantemente;
- cabelos espigados, por problemas nervosos;
- problemas de audição, por ficar exposta às tarefas
de atender telefones;
- visão péssima, de tanto decifrar garranchos;
- queda dos dentes em lutas, para conseguir
intervalos de almoço;
- postura ruim, de tanto curvar-se em cima da mesa;
- cicatriz de radiação, por visão prolongada de raio X;
- roupas velhas, de 25 anos de pagamento ruim;
- úlcera, por segurar a vontade de socar a cara de
alguém;
- mão perdida na máquina xerox;
- câncer nos dedos de tanto escrever, corrigir e
cortar papéis;
- tênis para correr do chefe, ou atrás dele.